WICCA

11-07-2011 06:36

A religião wiccaniana é formada de várias seitas (ou "tradições"), como a Gardneriana, Alexandrina, Diânica, Tâniea, Georgiana, Tradicionalista ética e outras. Várias dessas tradições foram formadas e introduzidas nos anos 60, e, embora seus rituais, costumes, ciclos místicos e simbolismos possam ser diferentes uns dos outros, todas se apoiam nos princípios comuns da lei da Arte. O dogma principal da Arte Wicca é o Conselho Wiccaniano, um código moral simples e benevolente:

SEM PREJUDICAR NINGUÉM, REALIZE SUA VONTADE.

Ou, em outras palavras, você é livre para fazer o que quiser, contanto que, de forma alguma, prejudique alguém nem você mesmo. (O Conselho Wiccaniano é extremamente importante e não pode ser esquecido na realização de qualquer encantamento ou ritual mágico, especialmente naqueles que podem ser considerados como não éticos ou de natureza manipuladora.)

A Lei Tripla (ou a Lei dos Três) é uma lei cármica de retribuição tripla que se aplica sempre que você faz alguma coisa boa ou má. Por exemplo, se você usa a magia branca (ou energia positiva) para fazer bem a alguém, por três vezes ele voltará para você durante a sua vida. Da mesma forma, se você usar a magia negra (ou energia negativa) para prejudicar alguém, o mal ou "pecado" também retomará a você três vezes durante a mesma vida. Os seguidores da religião Wicca são chamados de Wiccanos ou Bruxos. A palavra Bruxo(a)^ aplica-se aos praticantes do sexo masculino e do sexo feminino da Arte. (Os Bruxos muito raramente são chamados de feiticeiros[warlocks]. A palavra warlock^ considerada um insulto na maioria dos círculos wiccanos, origina-se do inglês  arcaico WAERLOGA, que significa "aquele que rompe o juramento” e foi utilizado pela Igreja cristã de maneira aviltante, como termo correspondente ao masculino de bruxa.)

Embora as Bruxas se orgulhem de fazer parte da Arte, existem algumas que se opõem fortemente ao uso do termo bruxa", considerando que a palavra possui determinadas conotações negativas e incitando imagens estranhas e conceitos mal-entendidos nas mentes dos que não estão familiarizados com a Arte e que talvez se mostrem um pouco relutantes em aceitar aquilo que não compreendem claramente.

Como a Arte Wicca é uma religião orientada para a Natureza, a maioria do seus membros está envolvida de uma maneira ou de outra com o movimento ecológico e com as reivindicações ambientais atuais.

Os Wiccanos não aceitam o conceito arbitrário do pecado original ou do mal absoluto, e não acreditam num Céu ou num Inferno, mas somente naqueles que são as suas criações próprias.

Os Wiccanos não praticam qualquer forma de magia negra ou "mal", não cultuam os diabos, demónios ou qualquer entidade do mal, e não tentam converter membros de outras fés para o Paganismo. Respeitam todas as outras religiões positivas e acham que a pessoa deve ouvir o "chamado da Deusa" e desejar verdadeiramente, dentro de seu coração, sem qualquer influência externa ou proselitismo, seguir o caminho wiccano. Muitos Wiccanos usam um ou mais nomes secretos (também conhecidos como "nomes de iniciação para significar o renascimento espiritual e uma nova vida dentro da Arte Wicca. Os nomes de iniciação são muito sagrados e usados somente entre os irmãos e as irmãs do mesmo caminho. Quando um Bruxo ou Bruxa assume um novo nome, ele ou ela deve ser extremamente cuidadoso em escolher algum que se harmonize de uma maneira ou de outra com o aspecto numerológico do nome, do número do nascimento ou do número das ninas. Um nome bem escolhido vibra com o indivíduo e o une diretamente à Arte.

Muitos Wiccanos trabalham juntos em pequenos grupos que são chamados de covens. Um coven (que pode consistir de até 13 membros) é dirigido pela Alta Sacerdotisa e/ou um Alto Sacerdote, e reúne-se para adorar a Deusa, realizar trabalhos mágicos e cerimónias nos Sabats e Esbats. Os membros de um coven são chamados de coveners e o lugar de reunião do coven  covenstead.

Os que trabalham por si só, tanto por escolha pessoal como por circunstâncias, são chamados de bruxos solitários.

Os Wiccanos celebram oito Sabats anuais, destacando as transições entre as estações. Existem quatro principais (ou grandes) Sabats e quatro menores (ou menos importantes). Os Sabats maiores são Candiemas, Beltane, Laminas e Samhain. Os Sabats menores são Equinócio da Primavera, Soistício de Verão, Equinócio do Outono e Soistício de Inverno.

O Esbat é uma reunião mensal do coven, realizada pelo menos 13 vezes ao ano, durante a lua cheia. No Esbat, os Wiccanos trocam ideias, discutem problemas, realizam rituais especiais, trabalhos mágicos e de cura, e agradecem à Deusa e ao Deus Chifrudo. Uma cerimónia tradicional, a dos "Bolos e Vinhos" ou "Bolos e Cerveja", acontece também em cada Esbat. Nelas são servidos comidas e refrescos consagrados, e os coveners relaxam e discutem assuntos mágicos importantes. (O "Bolos e Vinho" ou "Bolos e Cerveja" é um costume tradicional sempre que acontece um ritual wiccano e se traça um círculo mágico.)

Num couen a Deusa é representada pela Alta Sacerdotisa, e o Deus Chifrudo, pelo Alto Sacerdote.

A Deusa é conhecida por vários nomes diferentes. Ela é chamada frequentemente de Diana, Cerridwen, Freya, Ísis, Isthar, a Senhora ou qualquer outro nome que o coven escolher para usar ou que um Wiccano sinta que corresponde à sua própria visão mitopoética.

A Deusa é um princípio feminino. Ela representa a fertilidade, a criação, os poderes regeneradores da Natureza, e a sabedoria. Seu símbolo é a Lua, e, nas artes, é  muitas vezes representada como possuidora de três faces — cada uma representando uma fase lunar diferente. Na sua fase de lua nova. Ela é a Virgem; na lua cheia, é a Mãe e na Sua fase minguante, é a Anciã.

O Deus Chifrudo é uma deidade fálica da fertilidade e da criatividade intelectual que simboliza os poderes dos crescentes lunares do quarto crescente e do quarto minguante. Geralmente é representado como um homem hirsuto, barbado, com os cascos e os chifres de um bode. É o deus da Natureza e a contraparte masculina da imagem da Deusa. Na época primitiva, era adorado como o Deus Chifrudo da Caça.

Como a Deusa, o Deus Chifrudo é também conhecido por vários nomes diferentes. Em algumas tradições wiccanianas, é chamado de Cemunnos, que é o nome latino para "o Chifrudo". Em outras, é conhecido como Pa, Woden e outros nomes.

O culto à Deusa e ao Deus Chifrudo simboliza a crença wiccaniana de que tudo que existe no universo está dividido em dois opostos: feminino e masculino, negativo e positivo, luz e trevas, vida e morte, yin e yang — o equilíbrio da Natureza.

Fm certas tradições wiccanianas, a Deusa é adorada durante os Sabats da Primavera e do Verão, pois simboliza a fertilidade da terra na época do crescimento, e o Deus Chifrudo, durante os Sabats do Outono e do Inverno, pois representa a metade escura do ano.

Outras tradições adoram a Deusa em Seus vários aspectos durante todo o ano e observam o nascimento (na verdade o renascimento) do Deus Chifrudo no Sabá do Soistício de Inverno; Seu crescimento, puberdade e maturidade, durante, respectivamente, os Sabats da Primavera, do Verão e do Outono; e a Sua morte, no Sabat Samhain.

Após a morte, diz-se que Seu espírito retorna ao ventre divino da Deusa Mãe até o Soistído de Inverno seguinte, quando, mais uma vez, renasce. Esse antigo eido mítico de nascimento-morte-renascimento se repete a cada ano.

O Deus Chifrudo tem sido adorado desde os tempos antigos em quase todas as culturas; entretanto, a Igreja Católica Romana, numa tentativa de erradicar a adoração do antigo deus pagão da caça e da fertilidade, perverteuo em seu símbolo do mal e o chamou de Diabo.  

A Lua é minha e é tua por isso disfruta dela.

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